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Pacientes com varíola dos macacos não devem doar sangue até fim dos sintomas, diz Anvisa

 

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um documento com novas recomendações para triagem clínica de doadores de sangue em virtude do aumento de casos da varíola dos macacos no Brasil.

A autarquia salienta que, apesar de não haver confirmação científica de que o vírus seja transmissível por meio de sangue, tecidos, células e órgãos, as medidas serão tomadas “por precaução”.

Não há, até o momento, relatos de casos transmitidos por transfusão de sangue.

Confira as recomendações:

  • Quem tem ou teve a infecção pelo vírus não deve doar sangue até que todos os sintomas e lesões estejam totalmente resolvidos e, no mínimo, 21 dias após o início dos sintomas;
  • Quem teve contato com pessoas ou animais infectados, mesmo que não tenha manifestado sintomas (por exemplo, febre e lesões na pele), não deve doar sangue até 21 dias após o contato.

Até o momento, o Brasil tem 449 casos confirmados da varíola dos macacos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Entre os casos registrados, 312 são procedentes do estado de São Paulo, 71 do Rio de Janeiro, 33 de Minas Gerais, oito do Distrito Federal, seis do Paraná, quatro de Goiás, três do Rio Grande do Sul, três na Bahia, dois do Rio Grande do Norte, dois no Espírito Santo, dois no Ceará, além de Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina com um caso cada.

Sobre a varíola dos macacos

A doença é causada por um vírus que pertence ao gênero ortopoxvírus da família Poxviridae. Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).

As infecções humanas com o tipo de vírus da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação com o grupo viral da Bacia do Congo, com uma taxa de mortalidade de 3,6% em comparação com 10% para o da Bacia do Congo.

// CNN Brasil