As mulheres compõem 23% dos 12 milhões de pessoas envolvidas na pesca na África.
A União Africana busca estimular a participação mais ativa do grupo, incluindo as mais jovens, para combater a insegurança alimentar.
Empresas
As declarações foram feitas à ONU News, em Lisboa, pela comissária do bloco para a Agricultura e Economia Rural, Josefa Correia.
“Estamos a trabalhar com as mulheres e a ver quais são as necessidades para elaborar um plano de ação e reforçar a capacidade das mulheres. Os jovens também. Estamos a olhar mais para as jovens raparigas. Temos uma iniciativa do âmbito do negócio. Inclui o engajamento da juventude inclusiva: as meninas e os rapazes para terem oportunidade de criar pequenas e médias empresas nesta área das pescas.”
Os planos fazem parte do esforço regional para desenvolver a economia do oceano sustentável, considerada a nova fronteira econômica global.
Josefa Correia frisou que há grande potencial de explorar os recursos no meio marítimo com o apoio de técnicas mais avançadas. A sustentabilidade nesta área estará também em debate na 27ª sessão da Conferência da ONU sobre o Clima, COP27, a ser realizada em setembro no balneário de Sharm El-Sheikh, no Egito.
“Nós temos muito pouca tecnologia marítima. Participei num evento paralelo (em Lisboa) e eu apelei aos nossos parceiros para também partilharem conosco a tecnologia e formarem muitos dos nossos jovens nesta área, mesmo da tecnologia e inovação, para que nós possamos adaptar essa tecnologia para as realidades dos nossos países. Fome Zero passa pelo mar.”
Participação
Na Agenda 2063 para acelerar o crescimento econômico regional nas próximas quatro décadas, a economia azul é um dos sete pilares pelo vasto potencial marítimo africano.
O setor pesqueiro garante a segurança alimentar e nutricional para cerca de 200 milhões de habitantes.
A contribuição das pescas tem uma participação de cerca de 1,26% do Produto Interno Bruto, PIB, dos países africanos.