A atividade econômica do país registrou alta de 1,17% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira (15) pela autoridade monetária.
Em relação a julho do ano passado, a alta é de 3,87% e, em 12 meses, de 2,09%.
A mediana das expectativas do mercado apontavam para uma alta de 0,30%. Na comparação anual, a previsão era de avanço de 2,60%.
O índice é visto como uma espécie de “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto).
O BC também revisou os cálculos para a variação do índice nos meses anteriores:
- Junho ante maio: de +0,69% para +0,93%
- Maio ante abril: de -0,26% para -0,27%
- Abril ante março: de -0,52% para -0,36%
- Março ante fevereiro: de +1,07% para +1,17%
- Fevereiro ante janeiro: de +0,98% para +1,08%
- Janeiro ante dezembro: de -0,59% para -0,58%
No início do mês, dados divulgados pelo IBGE trouxeram surpresa positiva para o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre, com alta de 1,2% no PIB do período, em comparação com os três primeiros meses do ano.
O crescimento no segundo trimestre foi impactado pela alta de 1,3% nos serviços, que representam cerca de 70% do PIB. Em julho, primeiro mês do terceiro trimestre, o setor de serviços também surpreendeu positivamente, com alta de 1,1% na passagem ante o mês anterior, informou o IBGE nesta semana. Trata-se da terceira alta seguida no indicador, que acumula ganho de 2,4% de maio a julho.
Economia revisa PIB e IPCA
Mais cedo nesta quinta-feira, a equipe econômica do governo federal elevou a previsão oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano de 2% para 2,7%, segundo dados da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
Esse é o segundo aumento consecutivo do indicador. Segundo a SPE, a elevação é explicada “pelo resultado acima do projetado para a atividade do 2 trimestre de 2022 e indicadores positivos que começaram a ser divulgados para o segundo semestre deste ano”.
Para 2023, a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) foi mantida em 2,5%.
A expectativa de inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), para o ano foi reduzida para 6,3%. No último boletim, a projeção de inflação em 2022 era de 7,2%. Para 2023, o patamar foi mantido em 4,5%. Os valores ainda estão acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com a Secretaria, a continuidade do crescimento da atividade ao longo deste segundo semestre é esperada.
“As primeiras divulgações para o mês de julho sugerem que indústria, serviços e mercado de trabalho continuam crescendo. As séries de confiança confirmam as expectativas positivas para o 3T22, com expansão disseminada nos diversos setores.”, afirma o Boletim.
// CNN Brasil