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Desemprego deve continuar a cair no Brasil e subir nos EUA e Europa, dizem analistas

 

taxa de desemprego do Brasil caiu pouco mais de quatro pontos percentuais desde o início de 2022, em uma tendência que deve continuar no curto prazo, indo na contramão do esperado para os países desenvolvidos, afirmam especialistas ao CNN Brasil Business.

Bruno Imaizumi, economista da LCA, destaca que o Brasil ainda possui uma das maiores taxas de desemprego do mundo mesmo com a queda recente.

Atualmente em 9,1%, segundo o dado mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego chegou ao menor valor desde 2015, mas mesmo assim segue elevada se comparada a grandes economias.

Por outro lado, os países desenvolvidos devem começar a observar uma elevação nos seus números de desemprego, refletindo um cenário de desaceleração econômica ligado ao esforço de combate a níveis recordes de inflação.

Causas

Imaizumi observa que o movimento de queda nas taxas de desemprego não foi um fenômeno exclusivo do Brasil, e está ligando tanto a uma recuperação das economias no pós-pandemia quanto a mudanças no próprio mercado de trabalho.

“As taxas hoje estão em valores menores que as médias históricas devido a essas mudanças fortes”, observa o economista.

Especificamente no caso do Brasil, o especialista CNN em economia Sergio Vale atribui a queda no desemprego ao “crescimento maior da economia que estamos vendo”, com revisões de projeções para o PIB apoiadas em uma forte recuperação do setor de serviços e estímulos fiscais.

Imaizumi destaca ainda que, além do ambiente econômico mais favorável e efeito de reformas na área do trabalho, muitas pessoas também optaram por parar de procurar um emprego, saindo com isso da estatística de desocupação e ajudando na queda do desemprego.

“A dinâmica do desemprego depende do ritmo de crescimento da economia”, pontua Rodolfo Margato, economista da XP. Com uma atividade mais aquecida, é natural que o desemprego caia.

Além disso, o Brasil tem espaço para queda na taxa devido ao alto patamar anterior. No caso dos países desenvolvidos, muitos se encontram em níveis próximos ao chamado pleno emprego, quando todos que buscam um emprego conseguem em um curto período de tempo.

Há casos como o dos Estados Unidos, onde há inclusive um excesso de vagas de emprego, em geral não preenchidas pela baixa remuneração.

Considerando dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os integrantes do G7, da União Europeia e da própria organização possuem taxas inferiores à do Brasil atualmente.

 

//CNN Brasil