O Brasil teve mais de 64 mil casos de sífilis registrados em 2021, de acordo com balanço do Ministério da Saúde.
Desde 2017, 15 de outubro marca o Dia Nacional de Combate à Sífilis, data que alerta a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento.
Em entrevista à CNN Rádio, o urologista Danilo Galante explicou que a sífilis é uma doença bacteriana, que existe há muito tempo.
“Ela voltou à tona recentemente, por esse ‘boom’ de novos casos, é uma IST, infecção sexualmente transmissível, que também pode acontecer por transfusão de sangue, compartilhamento de agulha ou de mãe para filho.”
Segundo o médico, a doença é “potencialmente tranquila quando curada rapidamente, mas pode ser fatal se negligenciada.”
Evolução da doença
São três fases distintas de evolução.
Na primária, quando o paciente entra em contato com a bactéria, demora de 10 a 90 dias para a manifestação, que é uma lesão única na região genital.
“Ela some espontaneamente, e a pessoa acha que está curada, mas aí vem a fase secundária.”
Nela, sintomas como febre, dores nas articulações e emagrecimento se manifestam.
Na terciária, a sífilis atinge o sistema nervoso central, causando problemas neurológicos, que deixam sequelas ou causam a morte.
“Ela atinge homens, mulheres ou crianças”, disse o médico.
A alta de casos no Brasil, segundo Danilo Galante, se deu devido ao isolamento social, que reduziu a atividade sexual das pessoas.
Ele explica que o uso de preservativo é “a principal arma” para evitar a transmissão da sífilis, mas que checkups devem ser feitos com regularidade para detectá-la.
O diagnóstico é feito por um teste laboratorial simples e o tratamento por via medicamentosa.
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