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Fala Pescador: Alan presidente da Colônia de Pescadores de Caravelas fala sobre as ações para 2023

 

O quadro Fala Pescador desta semana, conversa com Alan, presidente da colônia de Pescadores Z-25, que corresponde ao município de Caravelas extremo sul baiano.

Alan dos Santos Machado, é nascido do município de Caravelas, morador há 38 anos na comunidade de Barra de Caravelas, filho de pais pescadores e tendo tido contato com a profissão desde os quatorze anos de idade.

Atualmente o pescador está presidente da colônia da cidade pelo segundo mandato desde o ano de 2018. Alan conta um pouco de como é sua história na pesca e quais são os objetivos da instituição para o ano de 2023.

“Bom, não tem como iniciar essa conversa agradecendo a Abrolhos FM por disponibilizar o veículo, tendo em vista que o rádio é um dos principais meios de comunicação e troca de informação que o pescador usa e agradecer principalmente aos pescadores e marisqueiras que escutam e se identificam com o que a gente tenta trazer” ressalta Alan.

O pescador Alan é um daqueles que de fato vive no universo da pesca. Sendo a pesca sua profissão, ele está presidente e também associado a colônia e explica como é importante para a classe se associar, tendo em vista que o novo sistema de cadastramento da pesca se encerra no final do ano e a colônia tem intensificado o movimento de recadastramento.

Segundo explica, hoje a colônia z-25 tem cerca de 1.500 associados e busca regulamentar todos até o final desde ano de 2023.

“Muitos pescadores lá trás deram entrada na colônia, mas não deram continuidade, também o fato de ter sido extinto o ministério da pesca, a pasta foi pulando de ministério em ministério e não deve uma sequencia aos cadastramentos. Muitos trabalhadores ficaram de fora, por isso agora estamos correndo para fortalecer a pesca e filiar essas pessoas novamente para que tenham seus direitos preservados e direito aos benefícios de assegurado especial que a constituição oferece.” Afirma Alan.

Alan faz questão de reafirmar que mesmo que o trabalhador da pesca não seja filiado a nenhuma colônia, ele continua sendo pescador para a previdência desde que suas contribuições com a receita estejam em dia, o que faz com que todos possam retornar ao exercício da profissão para ter acesso ao seguro defeso, aposentadoria, seguro a saúde, por exemplo.

“A instituição que é a colônia visa a organização social dessa classe, informar, o fortalecimento, a busca de direitos, políticas públicas, instituições que estão comprometidas a brigar pelos direitos mesmo que em briga judicial e corre atras de melhorias para a classe, que vão desde de acessórios para a pesca e tecnologias que ajudem a profissão, entre outros projetos.”

O presidente da colônia analisa que o outro fator que contribuiu para o enfraquecimento da classe, foi o processo pandêmico que diminuiu a renda familiar dos cidadãos e consequentemente dos pescadores.

“Ainda sim com a pandemia, nós pudemos ajudar a classe em parceria com a Suzano que concedeu cestas básicas e corremos atras do auxílio para muitos de nós, além do ministério da cidadania que garantiu a alimentação dos pescadores com cestas”.

A cultura pesqueira, uma das profissões mais antigas do mundo vive e se desenvolve até os dias de hoje com muita resistência e trabalho duro, por esse motivo, trazer pessoas comprometidas com a causa, que constrói diálogo com vários setores da sociedade é de extrema importância.

A redação do Onda Verde agradece a disponibilidade de Alan, para trazer as ações de 2023 a tona e informar aos trabalhadores direitos que já foram garantidos.

 

//Redação Onda Verde
Reportagem Selton Canhestro