O Brasil continua liderando o ranking de países com os maiores juros reais do mundo, aponta um levantamento da gestora Infinity Asset Management que compila dados das 40 principais economias globais.
Os juros reais são a taxa de juros corrente descontada a inflação. Neste mês, eles marcaram 6,94% no Brasil, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), de manter a Selic em 13,75% ao ano.
Com isso, o país se mantém no topo do ranking pela quarta vez consecutiva, seguido por México, Chile, Filipinas e Indonésia, respectivamente. Segundo a Infinity Asset, esse seria o caso mesmo se o BC optasse por um corte de juros em 0,5 ponto percentual.
Em termos nominais — ou seja, que leva em conta apenas os patamares atuais das taxas de juros –, o Brasil fica em segundo lugar, atrás da Argentina e à frente de Hungria, Colômbia e Chile.
“O movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força, com o aumento expressivo no número de BCs sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities”, afirma a gestora, em comunicado.
“No geral, entre 156 países, 61,54% mantiveram os juros, 32,69% elevaram e 5,77% cortaram. No ranking, entre 40 países, 42,5% mantiveram, enquanto 55% elevaram as taxas e 2,5% cortaram.”
Na metodologia usada pela Infinity, são usadas tanto as taxas de juros futuros para 12 meses à frente (DI com vencimento em março/24) quanto a projeção de mercado para a inflação, também para daqui a 12 meses. Pelo Boletim Focus, relatório semanal de projeções econômicas do BC, a inflação esperada para o período é de 5,56%.
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