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Regulamentação da inteligência artificial é urgente e complexa, diz especialista

 

Regulamentar a inteligência artificial é um desafio complexo, porém urgente, na avaliação do pesquisador João Archegas, do Instituto de Tecnologia e Sociedade.

A União Europeia aprovou na quarta-feira (14) um projeto pioneiro de regulamentação do tema.

Para Archegas, a regulação “vai legitimar processos semelhantes em outros países, como o Brasil.”

Ele explica que “temos desafios pelo rápido desenvolvimento dessa tecnologia, e como estabelecer um conceito para a IA se a cada mês tem uma nova, que traz outros softwares e aplicações.”

O especialista destaca que a regulamentação é urgente justamente porque a IA pode apresentar risco à sociedade, à democracia e a direitos fundamentais.

Segundo o Archegas, a classificação de risco, proposta pela UE, é uma forma interessante de se regulamentar.

“Ela coloca a IA dentro de um espectro. Por exemplo, a regulamentação de um videogame não é a mesma de um carro autônomo”, disse.

Ao criar substratos, portanto, “a legislação consegue ser mais eficiente”, classificando cada aplicação como de baixo, limitado, alto e até inaceitável risco.

“Um game, por baixo risco, terá obrigações de transparência algorítmica, enquanto um veículo autônomo terá avaliação mais apurada e profunda, para não causar acidentes.”

Ele defende que uma regulação mais abstrata é mais eficaz, a fim de reduzir a possibilidade de a legislação já nascer “atrasada” diante dos avanços tecnológicos.

 

//CNN Brasil