Desde o início de 2023, foram registrados surtos significativos de dengue na Região das Américas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, foram registrados quase 3 milhões de casos suspeitos e confirmados.
A quantidade supera o total de casos em todo o ano passado, que foi de 2,8 milhões. A ocorrência está concentrada principalmente no Brasil, seguido por Peru e Bolívia.
Aumento de 73% no Brasil
A taxa de letalidade também é preocupante. Foram 1.302 óbitos na região no mesmo período. Do total de casos, 1,3 milhão foram confirmados em laboratório e 3,9 mil foram classificados como dengue grave.
A dengue é transmitida pela espécie de mosquito Aedes. A doença é mais comum em climas tropicais e subtropicais. A OMS avaliou o risco de dengue como alto em nível regional devido à ampla distribuição de mosquitos transmissores, especialmente os do tipo Aedes aegypti.
O Brasil é de longe o país mais afetado, com 2,3 milhões de notificações, das quais mais de 1 milhão foram confirmadas e 1,2 mil classificadas como dengue grave. O país registrou 769 óbitos.
A quantidade de casos no Brasil representa um aumento de 13% em comparação com o mesmo período do ano passado e de 73% em relação à média dos últimos cinco anos.
Metade da população mundial em risco
A incidência da doença cresceu substancialmente em todo o mundo nas últimas duas décadas, com casos relatados à OMS aumentando de meio milhão em 2000 para mais de 4,2 milhões em 2022.
A dengue é agora endêmica em mais de 100 países em diversos continentes. As regiões das Américas, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental são as mais gravemente afetadas.
Cerca de metade da população mundial está em risco de contrair dengue, com uma estimativa de 100 milhões a 400 milhões de infecções ocorrendo a cada ano.
Dengue grave
A maioria das pessoas que contrai dengue não apresenta sintomas. Mas quem apresenta os sinais têm febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas e erupções cutâneas.
A maioria melhora em uma ou duas semanas. Mas algumas desenvolvem dengue grave, que pode causar dificuldade respiratória devido ao vazamento de plasma, sangramento grave, comprometimento de órgãos e até morte.
Como parte da implementação da Estratégia de Gestão Integrada para a Prevenção e Controle de Doenças Arbovirais, a OMS está trabalhando com os Estados- membros para fortalecer os sistemas de saúde e a capacidade de vigilância.
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