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Neife Oliveira, sensei da Jiu-jikan Mucuri conta um pouco da sua trajetória no esporte

A Abrolhos FM tem compromisso com as esferas da sociedade que são boas sementes de crescimento para as crianças, jovens e toda a comunidade e o esporte é um bom exemplo dessas sementes que semeiam bons frutos.

Esta semana foi possível ter a satisfação de conhecer um pouco da história de Neife Oliveira, uma liderança do esporte dentro do município de Mucuri, sendo o Linha de frente, faixa preta e sensei do projeto social de artes marciais Jiu-jikan.

Neife conta que se interessou por esporte ainda criança, quando estudava no ensino fundamental 1, na escola Raul Gazinelli e fazia capoeira no antigo casarão, que fica a metros de distância da escola, isso o possibilitava de fazer a atividade física. Seu desenvolvimento o fez gostar cada vez mais das artes marciais e esse foi o principal fator para nunca se afastar.

Ao conhecer o jiu-jitsu, aos 14 anos, Neife viu um novo mundo se abrir, e se interessou pela técnica e não parou de treinar até os dias atuais, são 16 anos de prática somente no jiu-jitsu e muitas vivências, aprendizados, amizades e campeonatos.

O sensei também fala sobre as dificuldades que o esporte vira e mexe enfrenta para se manter de pé no município de Mucuri, sabendo que não há incentivo constante aos atletas, professores e praticantes.

“Aqui em Mucuri nós temos muita gente boa, que competem em outras modalidades, são vários nomes de atletas, com grande potencial, mas infelizmente não são valorizados como deveriam, então nós temos que sempre estarmos atentos e cobrando suporte”.

Neife também explica que em toda sua trajetória no esporte, sua intenção sempre foi garantir o seu crescimento por meio de campeonatos, porém o lado financeiro nunca contribuiu para isso, inclusive por não querer ir para as competições sozinhos e sim levando parte da equipe, para abranger o experiencia de outros alunos.

“Eu sempre gostei de treinar para competir, porém, competir nunca foi barato, os atletas tem muitos custos que vão da inscrição, até transporte, alimentação, entre outros. Além disso, eu sempre tive gosto por levar outros atletas comigo, para que o incentivo seja sempre mutuo”.

É necessário romper diversas barreiras para viver do esporte, superar os próprios limites e confiar que a disciplina e constância trará os resultados.

“Agora o dojo de Mucuri está voltando a ativa, tivemos a pausa da pandemia e desde o início do ano voltamos com os trabalhos e treinos, então os antigos alunos estão retornando e para a nossa alegria temos novos alunos, tanto faixa branca, como os mais graduados, fator que incentiva bastante a todos e todas”, explica.

O Projeto atende crianças, jovens e adultos, cobrando um valor social para manter gastos básicos de manutenção do espaço e a Jiu-jikan atende tanto no centro, como na vila com a turma infantil.

Hoje Neife é um dos maiores exemplos de um trabalho feito com excelência, pois se tornou referência aos atletas de jiu-jitsu e de outras modalidades de artes marciais aqui de Mucuri, Itabatã e Nova Viçosa.

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Reportagem: Beto Ramos