A Polícia Federal (PF) investiga se os corpos encontrados em um barco no litoral do Pará no sábado (13) são de vítimas estrangeiras.
Segundo investigadores ouvidos pela CNN, há informação de que não são brasileiros e, possivelmente, são do Caribe. Mas a identificação demanda forte trabalho de perícia.
Seis peritos foram enviados no sábado (13) de Brasília ao Pará para a força-tarefa montada. Integrantes de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), Local de Crime e Medicina Legal também saíram do Instituto Nacional de Criminalística (INC) rumo ao estado. Demais médicos foram ao local neste domingo (14).
A finalidade do DVI – protocolo internacional usado pela Interpol – é garantir que todas as vítimas sejam identificadas de forma precisa e digna, permitindo que famílias recebam os corpos e possam realizar as cerimônias adequadas de enterro, além de garantir as exigências legais, quando necessário.
Os peritos vão analisar DNA e confrontar com o banco nacional de perfis genéticos, para saber se há identificação, se são brasileiros ou não. Segundo autoridades locais, a hipótese de que são estrangeiros é reforçada porque não houve ocorrência de brasileiros desaparecidos na região nos últimos dias.
Outra dificuldade dos agentes é em atestar a quantidade de corpos dentro do barco devido às mutilações. O trabalho da PF é juntar algumas partes para saber, com exatidão, quantas vítimas são. A informação inicial é de que seriam 20 pessoas mortas no barco.
O barco foi encontrado à deriva no litoral de Bragança, cidade do nordeste paraense, distante cerca de 215 quilômetros da capital Belém. Os pescadores que encontraram o barco relataram que os corpos estavam em estado de decomposição.
O Ministério Público Federal (MPF) também entrou no caso e informou que abriu duas investigações. Em nota, disse que o procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, determinou a abertura de investigação na área criminal e na área cível, que será realizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para defesa dos direitos humanos.
//CNN Brasil