Com a volta da circulação do sarampo em vários estados brasileiros, começa hoje a Campanha Nacional de Vacinação contra a doença. Até o dia 25 de outubro, a prioridade é imunizar crianças de seis meses até cinco anos incompletos que nunca foram vacinadas ou possuem esquema vacinal incompleto. No município do Rio, a vacina está disponível em todas as 233 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), que funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 17 horas.
“O Rio de Janeiro é vizinho de estados com surto ativo de sarampo. Então é importante se prevenir. Essa é uma doença que acreditávamos que estivesse controlada. Reforço o alerta para aqueles que não tiverem o esquema vacinal de duas doses feito, e convidamos para que vá até uma unidade para completar a caderneta e receber a vacina”, destaca a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch. Em 2019, até o mês setembro, 173 casos foram investigados no Rio, com onze confirmados e cinco que possuem história de deslocamento para áreas de ocorrência da doença, como São Paulo, estado que atualmente enfrenta um surto de sarampo, com 4.374 casos confirmados.
No próximo dia 19, acontece o Dia D da campanha para o público de seis meses até cinco anos incompletos, em que os postos de vacinação ficarão abertos no sábado. “O que é a novidade à qual as pessoas devem estar atentas? De 6 meses a 1 ano, quando não era recomendada a primeira dose, estamos fazendo a chamada dose 0. Vacinar os bebês e depois, aos 12 meses, fazer a dose regulamentar, como se fosse a primeira, e a segunda. Essas crianças a gente vai blindar mais, porque elas são as principais vítimas fatais do sarampo”, afirma o ministro titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Já a segunda etapa de vacinação de adultos, com idade entre 20 e 29 anos e que não tenham tomado duas doses da vacina, acontece de 18 a 30 de novembro. O Dia D para adultos será no dia 30 do mesmo mês, data de encerramento da campanha. A avaliação da necessidade de vacinar ou não é feita pelos profissionais que atuam na imunização, a partir da avaliação da caderneta de vacinação.
Para interromper a circulação viral e controlar o sarampo, é preciso intensificar a cobertura vacinal e atingir a meta de imunização de 95% da população. As contraindicações da vacina são gestantes, pessoas com hipersensibilidade grave conhecida a algum componente da vacina (anafilaxia) ou imunodeficiência.