“Comunidade faz apelo para as autoridades do município, para que a construção não seja continuada contaminando o solo e prejudicando famílias”. 

Redação Fm News 

De acordo com informações de um grupo de produtores rurais, está em curso a construção de um aterro sanitário na região de Taquarinha, município de Mucuri, localizado a menos de um quilômetro do lençol freático da região, construção que prejudicará severamente uma pequena agricultura de subsistência da população local. 

Neilde moradora da região, entrou em contato com o Fm News para fazer apelo às autoridades, relatando que a comunidade não tem muitos recursos disponíveis para sobreviver a construção do aterro, já que os moradores fazem o que podem para solucionar uma série de carências, como a falta de energia elétrica, que a Prefeitura Municipal colocou a fiação no local, mas nunca ligou de fato a energia, deixando toda comunidade no escuro.

“A construção do aterro sanitário no local trará consigo muitas dificuldades aos proprietários de terra na região, tendo em vista o lixão existente na cidade com o funcionamento totalmente irregular, onde as atividades acontecem em inconformidade com a legislação ambiental. Além disso, o aterro por ser construído a menos de um quilômetro do lençol freático trará contaminação do solo, da água e também do ar. ” afirma Neilde

Segundo informações, a comunidade já havia entrado em contato com a Secretaria do Meio Ambiente em outra oportunidade, quando empresários fizeram a plantação de Eucaliptos próximos à nascente da região, porém o órgão não deu um retorno positivo, alegando que os mesmos teriam de arborizar suas próprias terras a fim de evitar o ressecamento do solo. 

Nesta ocasião, a construção do aterro impactará drasticamente a vida da comunidade, já que a população que ali vive possui uma relação afetiva com a terra, justamente por retirar do solo o sustento de suas casas e famílias.

A contaminação do solo é um dos principais problemas ambientais que atingem famílias “isoladas”, pois o problema ocorre justamente pelo descarte indevido que com o tempo penetram no solo contaminando-o, além das autoridades que se preocupam cada vez menos com o descarte de lixo, produtos químicos e resíduos industriais, resultando em uma grande quantidade de terrenos contaminados que tornam inviáveis a prática da agricultura e a construção de novas moradias.