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Diretor da ADAB comenta caso da carga de carne apreendida em Teixeira de Freitas

 

Redação FM News 

Uma carga de 20 carcaças bovinas sem procedência comprovada e sem documentação fiscal foi apreendida nas barreiras itinerantes instaladas no município de Teixeira de Freitas pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), na sexta-feira (24). Atendendo à determinação legal e como prevenção a possíveis intoxicações provocadas pelo produto de origem desconhecida e acondicionada de forma inadequada, a Adab encaminhou o produto para ser enterrado em aterro sanitário legalizado, seguindo todas as precauções necessárias e previstas na legislação. “Comercializar carne nessas condições é crime”, afirmou o diretor da Adab, Maurício Bacelar.

Segundo Bacelar, o artigo 51 do decreto 7854/2000 prevê o aterramento de animais mortos, o que foi feito com a carga, ou a destruição através do fogo. “Todos os procedimentos previstos nos programas de profilaxia, controle e combate de doenças transmitidas por animais pelo órgão de defesa sanitária estadual foram observados. No ato da apreensão, as carcaças estavam em péssimas condições de acondicionamento, sem nenhum sistema de refrigeração, apresentando alta temperatura, muito além dos 7ºC regulamentados pela legislação sanitária, em estado de putrefação e não foi apresentando nenhum documento que identificasse a origem do produto. Comercializar carne nessas condições é crime”.

Bacelar afirmou que “a distribuição de carnes nas condições da carga apreendida impõe sérios riscos ao consumidor, pela ingestão de produtos de origem animal oriundos de abate clandestino, podendo adquirir diversas doenças, entre elas zoonoses. As medidas foram adotadas para proteger a saúde dos baianos”. Segundo Bacelar, “os procedimentos foram adotados em atendimento aos preceitos legais, por isso, antes de ser enterrada, a carga foi tratada com creolina. Diante das evidências, foi adotada a decisão mais viável para aquele local e àquelas circunstâncias, que era enterrar em um aterro sanitário”.

O diretor da Adab, Maurício Bacelar, repudiou a tentativa de se utilizar o fato de forma política. “O que nos deixa estarrecidos é assistir pessoas tentando tirar proveito político da fragilidade de uma parcela da população. Pessoas que, de uma maneira inadvertida, foram lá tentar aproveitar aquela carne como alimento, estão sendo utilizadas com objetivos políticos. Isso é inadmissível”.