Morreu na noite desta quinta-feira (3/5), aos 92 anos, o ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Marcelo Pimentel. O capixaba também era jornalista e chegou a presidir o Conselho Editorial dos Diários Associados — grupo a que pertence o Correio. Ele estava internado havia cerca de uma semana no Hospital Brasília por conta de uma pneumonia.
De acordo com a família, o velório acontecerá na manhã do próximo sábado (5/5), na sede do TST. O ministro aposentado deixa a mulher, Eliana, e dois filhos, Sérgio e Patrícia. “Para mim, ele deixa um exemplo de retidão, trabalho duro e amor pelo país, que eu sempre percebi nele”, disse Patrícia emocionada pela perda.
Pimentel nasceu em Vitória, no Espírito Santo, em 13 de setembro de 1925. Formou-se em direito pela então Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, hoje pertencente à Universidade do Estado do RJ (UERJ). Antes de chegar ao TST, em 1978, trabalhou como oficial de Gabinete com ministros da Justiça como Tancredo Neves e Marcondes Filho. Depois, foi nomeado assessor da Delegação Brasileira na Assembleia das Nações Unidas, em Nova York, e trabalhou como consultor jurídico do Ministério do Trabalho e Previdência por 18 anos.
No Tribunal, participou de diversos conselhos e reuniões no exterior. Entre outras coisas, também integrou a extinta Comissão Permanente de Direito Social, presidiu o Conselho Fiscal da Fundação da Casa Popular e foi autor do projeto que dividiu a Corte em Seções Normativas.
Ainda no TST, Pimentel atuou como presidente da Segunda Turma por cinco anos, foi corregedor-geral da Justiça do Trabalho, chegou à vice-presidência e à Presidência do Tribunal, este último no biênio de 1986 a 1988. Durante o governo de Itamar Franco, assumiu o Ministério do Trabalho. Aposentou-se do TST em maio de 1994 e, a partir de então, passou a advogar em Brasília.
Ao longo da vida, o ministro aposentado foi homenageado com diversas condecorações, entre elas a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho e a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho. Por seu trabalho, também foi nomeado pela Presidência da República para participar da Comissão Constitucional do Centenário da República em 1988 e da Comissão do Bicentenário de Tiradente, em 1992.
Por: Correio Braziliense