A exposição “Corpos entre tempos” abre as portas para o público nesta quinta-feira (1º), às 17 horas, na Galeria Homero Massena, no Centro de Vitória, reunindo trabalhos das artistas Bárbara Bragato (1993) e Célia Ribeiro (1951). A parceria entre as duas surgiu quando identificaram interesses em comum sobre arte e vida. Na mostra, será possível ver as obras que são o resultado do diálogo entre as artistas.
Os trabalhos expostos exploram a diferença de quarenta e um anos de idade entre as artistas, as diferenças físicas dos corpos, assim como as diferentes experiências de vida. Além disso, as imagens produzidas por Bárbara Bragato e Célia Ribeiro também questionam as formas de se relacionar e se manter próximo durante a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).
As duas artistas se conheceram em 2018, durante uma estada em Ubatuba, São Paulo. Após alguns reencontros, passaram a elaborar a possibilidade de trabalharem juntas, chegando à questão principal da exposição, como conta Célia Ribeiro:
“Surgiu, então, a ideia de cada uma registrar a outra por meio da técnica que adota para observar, pensar e reinventar o visto. Bárbara usando a fotografia e o vídeo e eu com desenho. Assim, nos veríamos cada uma a si própria, pelo registro da outra, e encontraríamos a outra no ato de registrar. E esse olhar duplicado nos colocaria em contato com os distintos tempos das idades vividas ou por viver por meio de nossos corpos”, explica.
Essa dinâmica de observar e ser observada (e de representar e ser representada) foi atravessada pela impossibilidade do encontro e do toque causada pelas medidas de distanciamento social. Nesse sentido, os trabalhos expostos na mostra propõem uma reflexão sensível sobre o cansaço e a angústia das interações por meio das telas de celulares e computadores. Segundo Bárbara Bragato:
“São imagens que buscam materializar e criar toque para um corpo que não pode ser tocado. Acho importante dizer que o trabalho foi modificado devido à pandemia. Não em sua essência, com nosso desejo em desbravar esses corpos desconhecidos, de nos conhecermos e reconhecermos nele, mas em termos de matéria. As imagens criadas para essa exposição perpassam, de alguma forma, a camada da tela. Enquanto Célia me desenhava a partir de vídeos e fotografias da tela, eu a registrei em fotografia e vídeo por meio de câmeras analógicas, digitais, celulares e capturas de tela. São gestos repetitivos e obsessivos para tentar alcançar um corpo distante”, conta.
A equipe envolvida na exposição é toda formada por mulheres, com curadoria de Karenn Amorim e projeto educativo de Bruna Afonso. A mostra “Corpos entre tempos” está acontecendo em formato híbrido desde 07 de junho, com oficinas para educadores e outras atividades on-line gratuitas. A partir de 1º de julho, a exposição será aberta para a visitação do público seguindo as recomendações e medidas sanitárias, de acordo com o Mapa de Risco Covid-19 no Estado.
A abertura acontecerá nesta quinta-feira (1º), a partir das 17 horas, na Galeria Homero Massena. A capacidade do espaço expositivo é de grupos de cinco pessoas por vez. O uso de máscara é obrigatório.
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