O Prêmio da Unesco 2021 para a Educação de Meninas e Mulheres foi entregue esta quarta-feira à iniciativa Girl Move Academy, em Maputo.
Este ano, a outra premiada foi a ONG brasileira Reprograma que incentiva a atuação de mulheres no setor de tecnologia no Brasil e avança para cobrir a América Latina.
Talento
A intervenção da Girl Move Academy em Moçambique mereceu elogios por investir em iniciativas contra casamentos precoces e gravidez na adolescência e, ao mesmo tempo, impulsionar a continuação das meninas nas escolas.
Antes da cerimônia oficial, em Maputo, a gestora de parcerias, Mara Santos, falou à ONU News, de Lisboa. Ela resumiu a atuação junto a 10 mil meninas em todo o país. A maioria está em Nampula, a mais populosa província de Moçambique.
Uniões
“Círculos de mentoria entre jovens raparigas e mulheres de diferentes gerações que se inspiram e se ajudam mutuamente, promovendo novos modelos de referência demonstra ser eficaz no combate à maternidade infantil, uniões prematuras assim como têm contribuído para um aumento significativo na taxa de transição escolar das raparigas do ensino básico para o ensino secundário.”
Mara Santos destacou ainda que mais áreas moçambicanas estão no horizonte da Girl Move Academy. Atingir tal meta será prioridade na aplicação do montante de US$ 50 mil atribuídos pela agência das Nações Unidas.
“Promover o envolvimento de mais jovens moçambicanas, em mais províncias, neste modelo de mentoria e de sisterhood circles e fazê-lo de maneira mais acelerada através da plataforma digital da nossa academia que nos permitirá chegar a mais jovens transformadoras de todo o país. O segundo pilar estratégico do crescimento e da continuidade da presença da em Moçambique é a identificação de parceiros e implementadores desta metodologia.”
Tecnologia
Para o caso da ONG do Brasil, a distinção da Unesco atribuída a pessoas, instituições e organizações que promovem a educação e direitos reconheceu o alcance a 10 mil mulheres.
A Reprograma atua para eliminar a lacuna de gênero e diversificar equipes das empresas do setor de tecnologia.
Na sociedade civil, a ONG pretende aumentar a igualdade de gênero e promover a transformação sustentável, ao capacitar suas beneficiárias.
// ONU News