Quadro Fala Pescador homenageia Salvador, nativo que pesca há mais de 30 anos no município
No quadro Fala Pescador de hoje, temos a honra de contar a história de mais um pescador de suma importância para o município de Mucuri, seu Salvador, que é da pesca há mais de trinta anos e se orgulha da profissão que atua.
Salvador é natural de Mucuri, seu nome de batismo é esse e conta que seu pai o registrou assim após ter ido a capital baiana, onde se apaixonou não só pelo lugar, como pelo nome da cidade, por esse motivo deu o nome de seu filho de Salvador, ele por sua vez sempre faz questão de contar essa história, pois também ama e se orgulha de ter o nome da capital da Bahia, o estado que tanto ama.
Na profissão ele explica que pesca e já pescou todas as qualidades de peixes, tanto de mar quanto de rio, independente das correntes, ele vai todos os dias fazer a sua pesca, que é o que sustenta a sua casa.
A esposa de Salvador, dona Bete também é pescadora autodidata e o acompanha nas jornadas da pesca, fator que fortalece a conexão de ambos e o trabalho em si, pois sabem que um tem ao outro.
“São mais de trinta anos pescando nas águas de Mucuri, antigamente ainda tinha mais peixe, hoje não tem a mesma quantidade, mas a gente consegue viver com folga e viver bem, porque estamos todos os dias praticamente no mar e graças a Deus temos clientes fixos”, explica.
Quando questionado quais são os momentos em que “a maré não está pra peixe”, ele afirma que é quando entra o vento sul por exemplo, que aí todos os pescadores são obrigados a dar uma pausa na pesca, pois sabem dos perigos que é estar no mar com condições climáticas adversas.
“Com o mar também não se pode brincar, a gente aqui respeita bastante, porque ninguém quer morrer né, por isso a gente vai pescando da forma que pode”.
Mucuri está em uma localização de privilégio, justamente por fazer divisa com Minas Gerais e o Espírito Santo e traz a possibilidade de os pescadores nativos fazerem contato com comerciantes das regiões citadas.
Salvador é um deles, o mesmo conta que, vende bastante para restaurantes em Pinheiros, município do Espirito Santo, Itaúnas, cidade vizinha de Mucuri, além de outras localidades.
Sobre os ‘perrengues’ vividos no mar, ele conta que “eu só tive uma vez a infelicidade da minha bateira virar devido a uma onda que veio forte e eu não tive como reagir, mas no geral Deus sempre cuidou de mim e de Bete”.
O pescador e sua esposa, são mais um exemplo de amor pelo que fazem e formam uma união que inspira a todos que os conhecem, além de serem patrimônios do município de Mucuri, por esse motivo a rádio Abrolhos e a redação Onda verde presta homenagens a esses bravos e bravas do mar.
Reportagem Beto Ramos
//Redação Onda Verde