O verão começa oficialmente no Brasil nesta quarta-feira (21), às 18h48 do horário de Brasília, e a promessa é a de que a estação mais quente do ano tenha precipitação acima da média histórica em grande parte das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
No Sudeste, a previsão para os próximos três meses é de totais acumulados acima da média no Espírito Santo, na região do Triângulo Mineiro e metropolitana de Belo Horizonte, e no oeste e leste de São Paulo, segundo o Inmet.
O verão é caracterizado pela elevação da temperatura em todo país em função da posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo.
Com isso, há condições favoráveis à chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.
Nessa estação, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde geralmente os totais de chuvas são inferiores a 400 mm, ainda de acordo com o Inmet.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.
Em média, os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 mm.
Importância das chuvas
Os meteorologistas destacam a importância do verão no Brasil, com suas características climáticas, com grandes volumes de precipitação, para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, por meio das hidrelétricas, e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.
Previsão para o verão 2023 em cada região
O Inmet realiza um prognóstico climático para o período de janeiro, fevereiro e março de 2023 para cada região do país.
No Norte, a previsão é de chuvas acima da média principalmente na área norte da região, devido à atuação do fenômeno La Niña e ao padrão de águas mais aquecidas próximo à costa.
Já no sul do Amazonas e do Tocantins, além do sudoeste do Pará, a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média durante o trimestre.
A temperatura média do ar deverá prevalecer próxima às condições climáticas esperadas para o período, exceto em algumas partes do Tocantins e sudeste do Pará, com temperaturas ligeiramente acima da média.
No Nordeste, o predomínio de chuvas acima da média na região está associado aos impactos da La Niña e ao padrão de águas ligeiramente mais aquecidas próximas à costa nordestina.
Em áreas da Bahia, Sergipe e Alagoas existe a probabilidade de ocorrer chuvas ligeiramente abaixo da média.
Já a temperatura do ar deve predominar próxima e acima da média histórica em grande parte da região nos próximos meses, exceto no norte dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará, onde as temperaturas poderão ser ligeiramente abaixo da média, devido a dias consecutivos com chuva.
No Centro-Oeste, apenas no sul do Mato Grosso do Sul, no norte do Mato Grosso e no oeste de Goiás está previsto totais de chuvas ligeiramente abaixo da climatologia do trimestre.
Quanto às temperaturas, a previsão indica que devem ser próximas e ligeiramente acima da média climatológica na região.
Para o Sudeste, as previsões indicam que as temperaturas devem ser próximas e ligeiramente acima da climatologia nos próximos meses.
No Sul, a previsão indica maior probabilidade de chuvas próximas e abaixo da climatologia em toda a região, em decorrência dos impactos que o fenômeno La Niña pode causar. As temperaturas serão próximas à climatologia e ligeiramente acima da média na região.
//CNN Brasil