O acampamento de bolsonaristas que estava concentrado na frente do 38º Batalhão de Infantaria do Exército em Vila Velha, na Grande Vitória, começou a ser desmontado na segunda-feira (2). Poucas tendas ainda estavam no local na manhã desta quarta (4). Equipes de limpeza começaram a retirar o lixo do local e a prefeitura irá calcular os estragos. O local faz parte do Sítio Histórico da Prainha e é protegido por lei.

O grupo começou a ir embora após 60 dias de mobilização. Na manhã de segunda, algumas barracas começaram a ser retiradas.

A Prefeitura de Vila Velha realizou uma limpeza e reordenamento do espaço junto com a Guarda Municipal na tarde de terça-feira (3).

Segundo a prefeitura, muito lixo foi deixado no parque. Parte da área foi degradada.

O Ministério Público deu à prefeitura um prazo de cinco dias para produzir um relatório detalhando os estragos e apontar o valor do gasto para recuperar o espaço. O documento será encaminhado a órgãos de controle.

A prefeitura informou que um levantamento está sendo feito para especificar a quantidade de lixo que foi retirado. O impacto na área devastada está sendo calculado. O órgão informou também que parte da grama do local foi totalmente removida e valas foram abertas.

Prisão na frente de quartel

Durante a mobilização, um dos bolsonaristas que estava na frente do quartel, o pastor Fabiano de Oliveira, foi preso em dezembro. Ele é um dos alvos da operação contra bolsonaristas radicais que promovem atos antidemocráticos desde o fim do segundo turno.

Oliveira chegou a ficar alguns dias foragido. O pastor não foi preso antes porque, segundo o superintendente da PF, Eugênio Ricas, um grupo de pessoas se aglomerou em frente ao batalhão, e que uma ação da PF naquele momento poderia ser revidada, colocando em risco a integridade de terceiros.

Foragido, Oliveira participou de uma live com bolsonaristas em frente ao batalhão.

//G1 Espírito Santo