O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) e pediu formalmente a extradição do ex-presidente Jair Bolsoinaro (PL). O senador pediu ao ministro Alexandre de Moraes que Bolsonaro volte ao Brasil e explique suas relações com os atos ocorridos em Brasília no domingo (8).
O senador, no pedido, quer que o ex-presidente se apresente em 72 horas e seja preso caso se recuse a cumprir a determinação, caso o STF acate.
À CNN, na manhã desta segunda-feira (9), disse que formularia uma petição para que o ex-presidente fosse formalmente investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, que seja considerado fugitivo da Justiça brasileira, e que ele venha dar esclarecimentos à Justiça.
“E se ele se recusar a vir prestar depoimento, vamos pedir, nessa petição, sua prisão preventiva” [do Bolsonaro], afirmou o senador.
Além de Calheiros, o PDT (Partido Democrático trabalhista), que integra o governo Lula, entrou com notícia-crime na PGR (Ptrocuradoria Geral da República) onde pede a que Augusto Aras responsabilze Bolsonaro sobre os ataques aos Três Poderes e também que demande ao STF a decisão de determinar o retorno imediato do ex-presidente ao Brasil e que entregue seu passaporte.
O pedido de Calheiros foi motivado após criminosos conseguirem invadir o plenário do STF, o Palácio do Planalto e o Congresso. Há registros de depredação nas sedes dos três Poderes por criminosos no domingo (8).
“Os prédios públicos, sedes e símbolos dos três poderes da República, foram depredados e vandalizados de forma criminosa por uma turba golpista, que há muito tempo vem sendo alimentada pela narrativa antidemocrática do, agora, ex-Chefe do poder Executivo do Brasil, Jair Messias Bolsonaro.
Segundo Calheiros, Bolsonaro usou quatro anos para disseminar suas falas golpistas, preconceituosas e criminosas.”Não há dúvidas de que os atos terroristas lamentáveis de ontem foram a colheita da conduta golpista plantada por Jair Messias Bolsonaro durante toda sua vida pública”, afirmou.A CNN tenta contato com o ex-presidente Bolsonaro.
(Com informações de Daniela Lima, Leadro Resende, Gabriela Coelho e Tainá Farfan, publicado por Carolina Farias)
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