Este 2 de abril é o Dia Mundial da Conscientização sobre Autismo. Nesta data, a ONU celebra as contribuições das pessoas que vivem com autismo e a defesa dos direitos de inclusão para cada uma delas.
Em sua mensagem, o secretário-geral António Guterres afirma que a organização está determinada a fazer avançar os direitos inerentes de quem vive com autismo.
Autonomia e respeito
Para Guterres, apesar de conquistas importantes, as pessoas seguem enfrentando barreiras sociais e ambientais para exercer seus direitos plenos e liberdades fundamentais.
Ele citou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências e a Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.
O líder das Nações Unidas acredita que é preciso fazer mais ao promover a educação inclusiva, a igualdade em oportunidades de trabalho e a autonomia num ambiente de respeito.
António Guterres também ressalta a importância do papel das famílias e cuidadores de pessoas que vivem com autismo.
Ele defende que, não somente em 2 de abril, mas todos os dias, é preciso reconhecer as contribuições ativas e diversas das pessoas com autismo para sociedades em todo o mundo.
Narrativa de cura ou conversão
Este ano, o tema é “Ilumine-o de azul”. Na ONU, um evento virtual neste 2 de abril destaca as contribuições das pessoas que vivem com autismo em casa, no trabalho, nas artes e na formulação de políticas públicas.
Uma das discussões baseia-se no chamado “paradigma da neurodiversidade”, um conceito desenvolvido na década de 1990 pela socióloga Judy Singer.
A proposta é se afastar da narrativa sobre cura ou conversão de pessoas com autismo para focar na aceitação, no apoio e na inclusão sempre advogando pelos seus direitos.
A adoção do conceito ajuda quem vive com autismo a desenvolver autoestima, dignidade e a se tornar inteiramente integrado à família e a sociedade.
O Dia Mundial de Conscientização sobre Autismo foi criado pela Assembleia Geral para combater discriminação e outros desafios enfrentados por quem vivem com autismo. Os níveis de aceitação variam de país para país.
As celebrações contam com o apoio do Instituto de Neurodiversidade, ION, com sede na Suíça e presente em 14 países.
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