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Plantando o Futuro: Sensei Francisco Rossi compartilha sua história de transformação através do esporte

 

Na última semana, o quadro Plantando o Futuro recebeu o atleta Francisco Rossi, sensei responsável pela equipe Jiu-jikan Mucuri desde 2017. Em conversa, Francisco compartilhou um pouco de sua história e como o esporte teve forte influência em sua vida.

Francisco como grande parte dos trabalhadores brasileiros divide a atenção entre sua paixão pelo jiu-jitsu e sua carreira profissional, sendo cinegrafista atuante na prefeitura de São Mateus, no Espírito Santo; na comunicação de uma Casa de shows da cidade, além de também trabalhar como segurança.

Segundo conta, todas as funções que acumula profissionalmente hoje, vieram através do esporte. Em 2003, foi a primeira vez que teve contato com a modalidade marcial, quando veio a passeio conhecer Mucuri, na época residia em Rondônia e foi por um convite de seu irmão que decidiu participar do treino que estava acontecendo na cidade, mas foi em 2005 que veio morar definitivamente em terras mucurienses e pode se aprofundar nas técnicas.

Francisco conta que no início de sua jornada no jiu-jitsu, ele achava que não conseguiria avançar no esporte devido a pouca habilidade e falta de prática, tendo dificuldades principalmente com movimentos que envolvessem coordenação motora.

Com o passar do tempo, o sensei desenvolveu grande interesse em aprender cada vez mais sobre as técnicas e passou a praticar outras modalidades como o karatê, muay-thai e o jiu-jitsu, fator que contribuiu muito para a sua capacidade de agregar valor as técnicas de luta, porém encontrando um novo dilema, a falta de foco que poderia ser prejudicial.

Em 2007, o professor de capoeira Edilson, que observava o atleta em seus treinos, aconselhou que focasse no jiu-jitsu, já que dentre todas, era a que mais se destacava e foi então que Francisco passou a se dedicar somente a modalidade.

Quando se aproximou do sensei Jetro Braun, a sua vida passou a mudar. As aulas eram ministradas na casa do mestre, que tinha toda paciência e dedicação com os alunos, ensinando as técnicas e principalmente a filosofia do esporte, além de enxergar em Francisco a potencialidade de ser um bom professor.

“Eu não acreditava na minha capacidade dentro do Jiu, até a minha faixa azul eu não achava que poderia avançar, por realmente não ver em mim tudo que o mestre Jetro viu e eu sou muito grato”.

No ano de 2013, o sensei da época Jetro, teve a necessidade de sair da cidade devido uma oportunidade de trabalho e passou a responsabilidade de assumir as aulas da equipe da Jiu-jikan para Francisco, que se tornou linha de frente do projeto social de jiu-jitsu, foram oito anos frente a equipe, até que em 2021 precisou se mudar também por uma chance de trabalho.

“Quando o sensei se mudou, ele confiou a mim a responsabilidade de dar as aulas para a equipe ainda como instrutor do esporte, me dando todo o suporte necessário para que eu pudesse dar continuidade ao projeto da melhor forma possível”, afirma.

O sensei afirma que o jiu-jitsu consegue transformar a vida das pessoas que se permitem aprender com o esporte, tendo em vista que é uma modalidade que exige disciplina, esforço e dedicação.

“Eu não conheço uma pessoa que não teve a sua vida mudada depois do esporte, porque quando o responsável pela equipe leva o trabalho a sério fazendo as coisas com responsabilidade e exigindo dedicação e fiscalizando seus alunos, não tem como não haver mudanças significativas, em Mucuri nós acompanhamos muitos alunos que mudaram e eu também faço parte dessa estatística”.

Finalmente ao ser questionado sobre como o esporte influencia e influenciou a sua vida dentro e fora do dojo, Francisco afirma convicto que o jiu-jitsu deu a ele toda base e estrutura que possui hoje em sua vida, seja material ou psicológica, que segundo conta, foi responsável por ajudá-lo a superar traumas de infância, questões com insegurança e até a sua profissão que aprendeu com o seu mestre.

“O Jiu-jitsu mudou completamente a minha vida e me influencia dentro e fora dos tatames diariamente, porque trago a filosofia do esporte para todos os setores da minha vida. Tudo que eu tenho hoje, é graças ao esporte, tanto a minha profissão, quanto a minha vida pessoal” e completa agradecendo os mestres que passaram por sua trajetória até aqui.

“Sou imensamente grato ao jiu-jitsu, mas não posso deixar de expressar toda minha gratidão a todos os professores, instrutores e mestres que tive a oportunidade de aprender ao longo dos anos, pessoas que viram o meu potencial e me incentivaram, além de agradecer também a parceria com outros faixas pretas de Mucuri, como Neife, que além de um amigo é um ótimo sensei, que acredito e valorizo”.

Atualmente, Francisco reside na cidade de São Mateus e treina como aluno, momento que o permite aprender significativamente com outros mestres, instrutores e alunos. Além disso, o mesmo vem quando pode a Mucuri reencontrar amigos e treinar com a sua equipe do coração, relembrando momentos fundamentais em sua caminhada de vida.

A equipe jiu-jikan hoje tem como sensei o faixa preta Neife Oliveira e conta com a contribuição do faixa marrom Paulo César, faixa roxa Luiz Cláudio e a assistência de Ismael e Natacha Nakamura, de faixa azul.

Histórias como essa, são boas sementes capazes de inspirar e mudar a vida de pessoas independente da idade. A redação do Onda Verde agradece a disponibilidade de compartilhar um pouco de sua história e dedicação ao esporte.

 

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//Reportagem Carolina Rosa
Redação Onda Verde