Você já se sentiu triste e sozinho? O sentimento de solidão pode estar em seus genes. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Durante o trabalho, os cientistas realizaram uma pesquisa com 487.647 participantes e identificaram 15 regiões gênicas ligadas à solidão.
Eles também encontraram evidências de uma possível associação entre obesidade e solidão, sugerindo que um poderia estar impulsionando o outro – então os mesmos genes poderiam estar aumentando a probabilidade de alguém estar com excesso de peso e estar sozinho.
“Há sempre uma mistura complexa de genes e meio ambiente, mas sugere que, em nível populacional, se pudéssemos combater a obesidade, poderíamos também reduzir a solidão”, disse ao periódico The John Perry, John Perry, um dos autores do estudo.
Embora a solidão tenha sido associada à genética antes, esta é a primeira vez que os pesquisadores conseguem destacar regiões gênicas específicas que parecem ter um impacto sobre a forma como nos sentimos isolados.
Os pesquisadores identificaram que cerca de 4 a 5% de nossa tendência a se sentir sozinho pode ser herdada. A equipe enfatiza que uma série de fatores genéticos e não-genéticos provavelmente estão envolvidos, então não podemos dizer que há um “gene da solidão” ou que seus sentimentos são totalmente genéticos.
Mas essas pistas genéticas combinam com a maneira como o mundo funciona: alguns de nós estão perfeitamente contentes em viver vidas solitárias, enquanto isso pode parecer uma tortura para os outros.
“Nossas descobertas destacam a base genética específica para isolamento social e interação social. Encontramos evidências de efeitos genéticos compartilhados entre características sociais, além de caminhos mais específicos que impulsionam o engajamento em atividades específicas.”
Fonte: UOL