A taxa de inadimplência contraída por meio de cartão de crédito, cheque especial, empréstimo pessoal e outros tipos de crédito ao consumidor deve recuar para 5,42% em julho, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) e FIA Business School.
O valor representa uma queda de 0,15 ponto percentual (p.p.) em relação ao último valor real divulgado em maio de 2024, além de ser uma média no intervalo entre 5,13% e 5,7% calculado, considerando uma diminuição dos atrasos de pagamento computados pelo Banco Central (BC) — aqueles que ultrapassam 90 dias.
Em junho, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) calculou que o percentual de brasileiros endividados permaneceu em 78,8%, apontando uma estabilização da demanda por crédito pelas famílias, conforme a entidade.
Contudo, o número das famílias que atrasaram seus boletos, sendo registradas pelo BC, alcançou o maior percentual de 2024, disse a CNC.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, “embora as estimativas apontem continuidade de recuo da inadimplência, os recentes embates entre o governo e o Banco Central não estão refletidos na trajetória estimada”.
Ele acrescentou que o cenário também é afetado por outros elementos, como a situação econômica, a taxa de juros — com Selic atualmente em 10,5% — e o nível de endividamento, “alterados em função da instabilidade política, particularmente, no que diz respeito ao controle da inflação”.
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