//Redação FM News

Pais e alunos não foram comunicados referente ao fechamento da Escola Municipal Oliveira Costa, a única instituição de ensino da área. No primeiro dia do ano letivo, pais e alunos se depararam com a escola de portas fechadas e sem qualquer aviso. A justificativa dada pela autoridade representante, seria referente a quantidade de alunos, 22 alunos matriculados – um número contestado pela comunidade, que afirma serem 23 crianças.

Este é o segundo caso de fechamento de escola na mesma região em pouco tempo. Antes da Oliveira Costa, a Escola do Camurugi já havia sido encerrada, deixando as famílias sem alternativas próximas para a educação de seus filhos.

Segundo pais e a própria Secretaria de Educação do município, a orientação é que as crianças pequenas, com idades a partir de 3 anos de idade, precisarão percorrer 18 km de estrada de chão até a escola mais próxima do município – sem monitores para acompanhá-las, dentro de ônibus em situação de precariedade e sem qualquer planejamento para garantir a segurança no trajeto.

“No primeiro dia de aula, a situação do transporte foi ainda mais caótica: não houve ônibus escolar nem mesmo para os alunos do centro da cidade, muito menos para aqueles das regiões mais distantes”, foi o relato de uma mãe do município que se indignou com o cenário necessitando do suporte da escola e do transporte para levar seu filho e ela poder trabalhar.

A falta de estrutura gerou indignação entre os pais, que já estão tomando medidas para denunciar o caso, que se repete ano após ano no município de Mucuri e distritos vizinhos.

Diante desse cenário, as famílias da comunidade estão entrando com uma ação no Ministério Público, para tentar reverter o fechamento da escola. A Escola Municipal Oliveira Costa, inaugurada nos anos 90, representa um importante pilar para a educação da região e seu encerramento força crianças a enfrentarem uma jornada perigosa e desgastante para estudar.

Além da falta de transparência na decisão, moradores relatam que ninguém foi oficialmente avisado sobre o fechamento. Apenas souberam do ocorrido quando funcionários da escola começaram a retirar materiais, informando que um caminhão voltaria para buscar o restante dos pertences.

A situação gerou revolta e apreensão na comunidade, que exige explicações e providências do poder público. Afinal, o direito à educação está sendo comprometido, e dezenas de crianças podem ser prejudicadas por essa decisão. Até o momento, a prefeitura não se pronunciou sobre o caso.