A Petrobras anunciou o quarto aumento consecutivo da gasolina esta semana. O combustível que ontem era vendido a R$ 1,9420 nas refinarias passa a ser comercializado a R$ 1,9711 a partir de hoje. A última elevação de 1,29% já começava a ser repassado pelos postos e a tendência é de que o consumidor pague ainda mais caro a partir de agora. Levantamento realizado pelo Correio em 30 estabelecimentos, na quarta-feira (15/8), mostrou que 12 haviam subido os preços da gasolina, variando de R$ 4,17 a R$ 4,80].
Segundo a estatal, a política de preços tem como base o valor de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais do produto. “À medida que o dólar sobe, a gasolina também fica mais cara e isso acaba impactando o valor combustível nas bombas”, explicou o economista e professor de Mercado Financeiro da Universidade de Brasília (UnB) César Bergo. De acordo com ele, o preço internacional do petróleo e dificuldades na exportação também influenciam os aumentos constantes da Petrobras.
A variação do valor do combustível fez com que o bombeiro militar Airton Brito, 29 anos, mudasse de tática na hora de abastecer. “Eu nunca encho o tanque do meu carro por completo, porque, dessa forma, aproveito sempre os locais com promoções”, contou. No entanto, ele diz que fica apreensivo. “Nessa de abastecer em locais mais em conta, nunca sei a qualidade do produto que estou colocando no meu carro”, acrescentou.
O reajuste de 1,50% previsto para a gasolina hoje não afeta o diesel nas refinarias. O valor do produto segue inalterado desde 1º de julho, vendido a R$ 2,0316.
Por Andressa Paulino