Rocha foi a primeira a ser descoberta entre 28 que estão espalhadas pelo mundo
Um meteorito que vale três milhões de reais está desaparecido desde o incêndio no Museu Nacional, no início de setembro. O Angra dos Reis pesa apenas 70 gramas, e tem quatro centímetros de largura, mas já deixou pesquisadores de todo o mundo preocupados. Afinal, ele é a rocha mais valiosa dos mais de 400 meteoritos do Museu.
A carrega o nome Angra dos Reis, por ter sido encontrada, pela primeira vez, no litoral fluminense, em 1869. Ela foi a primeira a ser reconhecida, e mais de cem anos depois, outras rochas foram descobertas. Elas ganharam o nome de angritos, em homenagem ao Angra dos Reis. De acordo com a The Meteoritical Society existem apenas 28 delas no mundo.
Estima-se que o meteorito desaparecido tenha mais de quatro bilhões e meio de anos. Os pesquisadores acreditam que essa pequena rocha é capaz de levar à uma resposta final sobre a origem do Sol e dos planetas.
Ainda em busca do meteorito, a curadora do museu, Elizabeth Zucolotto, acredita que ele tenha resistido ao incêndio. Para ela, mesmo que ele tenha queimado ou danificado, ainda assim ele ainda será encontrado.
Na última semana, o ministro da Educação, Rossieli Soares, anunciou a transferência de R$ 8,5 milhões para a Universidade Federal do Rio de Janeiro. O dinheiro faz parte de um repasse de R$ 10 milhões que tem como destino as obras de restauração do museu.
Reportagem, Sara Rodrigues