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Abrolhos FM na Estrada “Mundão de Meu Deus”

 

Nosso repórter Beto, fez uma entrevista incrível com um caminhoneiro de forma inusitada, ao lado dele na boleia do caminhão. Sergio, sergipano que está na estrada há 19 anos, transporta frutas e verduras para diferentes estados brasileiros.

Vários assuntos foram abordados e que nos fazem entender um pouco mais este mundo imenso que está por trás dos muitos quilômetros rodados.

Sergio iniciou a entrevista, após contar um pouco da sua vida, dizendo a total indignação ao passar por um pedágio onde todas as cabines têm vidro fumê ( aquele que ninguém vê o atendente).Este pedágio fica aqui bem perto, na divisa da Bahia e Espírito Santo, no povoado ” 31 de Março” que pertence a Mucuri.Ele acha um desrespeito com os usuários do pedágio, que pagam a tarifa mas não enxergam o atendente. Sergio diz ser o único pedágio, que ele conhece, que despreza o usuário. Eles fazem isto por causa da segurança, relatou o caminhoneiro ao indagar a atendente.

Beto abordou um problemão que os caminhoneiros enfrentam, que é a violência nas estradas. Perguntou para o entrevistado quais são os trechos mais perigosos e se o caminhoneiro já foi assaltado.

Ele foi assaltado em São Paulo por 3 indivíduos que apenas levaram o celular, dinheiro e alguns objetos e acredita que foi Deus quem o protegeu naquele momento. Ele relatou que na maioria dos assaltos, os ladrões machucam, batem ou matam os caminhoneiros.

Os Estados mais perigosos são o Piauí, São Paulo e a região de Cabrobó.Na Bahia, o trecho mais perigoso, é de Itabuna até Teixeira de Freitas.

Os ladrões mais profissionais roubam a carga e o caminhão.

Há muita violência nas estradas e no Nordeste os assaltantes são mais maldosos.

Beto também perguntou, o que mudou após a greve dos caminhoneiros que parou o Brasil diante da força do segmento e a resposta do Sérgio foi a seguinte: ” Não mudou muita coisa não”. Ele vê algumas vitórias alcançadas pela categoria, como o preço dos combustíveis já terem abaixado um pouco e a regulamentação de uma tabela de frete, que no começo estava dando certo e depois virou bagunça.Sergio acredita que só quando Bolsonaro assumir a presidência do Brasil as regras irão se cumprir.

Beto pergunta ao caminhoneiro como é a rotina de viagem e a resposta é a seguinte: ” Meu percurso é de Sergipe à São Paulo, de São Paulo até Natal
São 5 mil quilômetros em 10 dias e depois descansa, junto a família,por 4 dias. Aí volta para a estrada com uma nova carga.

Outro problema enfrentado por muitos caminhoneiros é o número excessivo de radares nas estradas brasileiras. Sergio diz que existem radares que são colocados em pontos corretos, mas muitos estão ali só para tirar dinheiro. Como diz Bolsonaro , a indústria da multa tem que acabar.

Sergio é evangélico, da Igreja Cristã do Brasil e diz ter muita fé.

O caminhoneiro termina a entrevista dizendo que sempre que passa no trecho no extremo sul baiano sintoniza a rádio Abrolhos FM.

Que Deus sempre guie e proteja seu caminho, Sergio! Boa viagem!!

Reportagem Beto Ramos

Por Mariamélia Biondi