DESASTRE EM BRUMADINHO: Bombeiros continuam buscas por vítimas após rompimento de barragem
Após o rompimento de uma barragem da Vale, em Brumandinho, Minas Gerais, no início da tarde de sexta-feira (25), bombeiros continuam as buscas por vítimas neste sábado (26).
De acordo com a Vale, uma barragem rompeu e fez outra transbordar na região de Mina Feijão. O ocorrido fez com que um mar de lama destruísse casas e inundasse a região próxima à barragem. Rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade de Vila Ferteco. O acesso a Brumadinho pela rodovia BR-040 está bloqueado.
Por conta da tragédia, o presidente Jair Bolsonaro esteve em Belo Horizonte na manhã deste sábado (26) e sobrevoou de helicóptero a região atingida para “tomar as medidas cabíveis”. Já na sexta-feira, o governo criou um “gabinete de crise” para tentar organizar suas ações e mobilizar todas as áreas necessárias para amenizar os impactos do desastre.
Bolsonaro também assinou um decreto que cria o Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre para atuar no acontecido. O documento foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou em uma entrevista na faculdade Asas de Brumadinho, que as chances de resgatar pessoas com vida é mínima. O governador chegou a considerar a possibilidade de somente corpos serem resgatados do desastre. Além disso, Zema demonstrou preocupação com o acompanhamento do estado da barragem, afirmando que, caso chovesse na região, a lama poderia se mover ainda mais.
No fim da noite de sexta, a Justiça de MG determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão nas contas da Vale. Segundo decisão liminar do juiz Renan Chaves Carreira Machado, o bloqueio atende a um pedido do governo do estado de Minas para “imediato e efetivo amparo às vítimas e redução das consequências” do desastre.
Entre outras medidas, a mineradora também fica obrigada a apresentar um relatório sobre as medidas já tomadas de ajuda às vítimas em até 48 horas.
Até fechamento desta matéria, o números de desaparecidos já passava de 350 e pelo menos 9 mortes já haviam sido confirmadas. De acordo com os bombeiros que atuam na região, a lama ainda não está assentada e pode se mover, o que torna o trabalho de resgate das vítimas muito delicado.
Reportagem, Juliana Gonçalves