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TRACOMA: Se não tratada, doença pode levar à cegueira

Olhos lacrimejando, com sensibilidade à luz, coceira e secreção. Esses são alguns dos sintomas do tracoma, uma doença inflamatória que atinge os olhos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o tracoma é a principal causa de cegueira no mundo. Crianças em idade escolar, são as mais suscetíveis – a prevalência entre esse público é de 60 a 90%. O que, segundo a coordenadora-geral de hanseníase e doenças em eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro, está intimamente ligado à forma de transmissão.

“A forma mais importante de transmissão do tracoma é o contato direto de pessoa a pessoa, ou por meio de objetos contaminados utensílios domésticos lençol, toalha. Pensando nas crianças, no material escolar…”.

A bactéria causadora do tracoma deixa a pálpebra inflamada e cheia de folículos – pequenas bolinhas que, quando tratadas regridem e formam pequenas cicatrizes. O risco de cegueira vem quando existem infecções repetidas, sem tratamento. É o que explica a especialista.

“Se não for tratado, esse processo vai se tornar crônico. E esse processo se tornando crônico pode ter sequelas. E as sequelas é que levam à cegueira”.

As cicatrizes causadas pelos folículos durante a infecção fazem com que a pálpebra fique invertida o que leva ao crescimento dos cílios para o lado de dentro do olho. Nessa posição, os cílios fazem fricção constante na córnea e arranham essa superfície podendo evoluir para baixa acuidade visual ou até mesmo cegueira. Evitar a doença é possível. A higiene frequente das mãos é o primeiro passo. Manter o rosto limpo e evitar compartilhar objetos de uso pessoal também pode ajudar. Mas, se mesmo assim, surgirem os sinais, procure uma Unidade de Saúde e inicie o tratamento o mais rápido possível. Saiba mais em: saude.gov.br/tracoma.

Reportagem, Aline do Valle.