De acordo com o diretor da ONG Repórteres Sem Fronteiras da América Latina, Emmanuel Colombié, cada vez mais os chefes de Estado democraticamente eleitos vêem a imprensa não mais como um fundamento essencial da democracia, mas como um adversário no qual eles demonstram abertamente aversão.
“A violência contra jornalistas está atingindo um novo nível, um novo patamar. Temos uma espécie de deliberação do ódio, favorecido por discursos perigosos por parte de dirigentes políticos, líderes sociais também, mas, geralmente, até presidente de países democráticos tem um discurso de desconfiança e de desconsideração. Isso reflete em um momento preocupante dos abusos contra jornalistas.”
Além disso, o balanço aponta que o número de jornalistas detidos no mundo também está aumentando: 348, comparado a 326 em 2017. O número de reféns também aumentou em 11%, com 60 jornalistas em cativeiro até agora, comparado a 54 no ano passado.
Segundo a última edição do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, o Afeganistão é o país mais letal para o jornalismo, seguido pela Síria (11) e pelo México (9).
Reportagem, Cintia Moreira