FM NEWS

A Freqüência da Notícia

Destaques Política

Maduro enfrenta “cerco diplomático” após tropas venezuelanas barrarem ajuda humanitária

 

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pode enfrentar uma nova rodada de sanções, disseram líderes regionais neste domingo, após suas tropas terem impedido comboios estrangeiros de levar ajuda humanitária ao país, com o Brasil considerando o ato criminoso e pedindo que aliados se juntem em um “esforço de libertação”.

Tropas leais a Maduro barraram violentamente os comboios de ajuda que tentaram entrar na Venezuela no sábado, deixando quase 300 feridos em confrontos com as forças de segurança e pelo menos três manifestantes mortos em protestos próximos à fronteira com o Brasil.

Juan Guaidó, reconhecido pela maioria das nações ocidentais como legítimo líder da Venezuela, pediu que as potências estrangeiras considerem “todas as opções” para depor Maduro, antes de uma reunião dos países do Grupo de Lima em Bogotá na segunda-feira, que terá a participação do vice-presidente norte-americano, Mike Pence.

Pence deve anunciar “medidas concretas” e “claras ações” no encontro para tratar da crise venezuelana, disse uma autoridade sênior do governo norte-americano neste domingo, recusando-se a fornecer mais detalhes.

“O que aconteceu ontem não nos deterá de levar ajuda humanitária para dentro da Venezuela”, afirmou a autoridade falando com repórteres na condição de anonimato.

O Brasil, um peso-pesado da diplomacia na América Latina e maior economia da região, foi durante anos aliado vocal da Venezuela enquanto era governado pelo Partido dos Trabalhadores. Mas o país virou-se fortemente contra Maduro neste ano, depois que o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro assumiu a presidência.

“O Brasil pede que a comunidade internacional, especialmente aqueles que ainda não reconheceram Juan Guaidó como presidente-interino, juntem-se ao esforço de libertação da Venezuela”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em nota.

Enquanto isso, o presidente da Colômbia, Iván Duque, denunciou em um tuíte a “barbaridade e a violência”, dizendo que a cúpula de segunda-feira discutiria “como apertar o cerco diplomático à ditadura da Venezuela”.

Por Brian Ellsworth e Vivian Sequera e Roberta Rampton