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Órgãos interessados debatem a importância de preservar a vida desses profissionais”.
Redação Abrolhos Fm News/ Texto Carolina Rosa
O Brasil registrou de 1995 à 2018, 64 mortes de profissionais da comunicação que foram mortos em exercício da função no país. Segundo relatório da Unesco e o Brasil é o 6º país mais perigoso do mundo para quem decide trabalhar com comunicação, ressaltando verdadeira violação de liberdade de expressão, sem contar que o mesmo relatório foi apontado “dificuldades estruturais notórias das polícias judiciárias” levando em conta que a grande maioria desses crimes não chegam a ser responsabilizados ou ao menos é identificado os responsáveis pela autoria.
O documento que detalha as mortes revela que a maior parte dos acontecimentos ocorreram em cidades pequenas e envolve jornalistas, radialistas e comunicadores de pequenos grupos.
O Rio de janeiro chama atenção e lidera o ranking com 13 assassinatos de profissionais da área, em seguida vem o estado da Bahia com 7 casos e Maranhão com 6, esses números foram registrados desde 1995.
A pesquisa é feita todos os anos pelo Ministério de relações exteriores que é obrigado a repassar informações à Unesco, responsável por averiguar e ‘controlar’ a violência global envolvendo setores que prestam de algum modo o serviço social.
A Organização de Repórteres sem Fronteiras (RSF) divulgou o material que caracteriza as condições de trabalho dos jornalistas ao redor do mundo e as degradações mais evidentes foram na América do Norte e na América do Sul tendo o Brasil uma forte contribuição para esse cenário negativo e preocupante.
Emmanuel Colombié diretor da RSF na América Latina considera que o país está numa “zona vermelha” considerando que só em 2018 foram registrados 4 assassinatos de jornalistas e a queda de três posições no ranking de segurança à profissionais da área.
A mesma organização aponta que o WhatsApp, exerce grande influência nessa estatísca em razão das fake news, e por ter sido a principal fonte de informações nas últimas eleições no Brasil, contribuindo com um ambiente hostil de difamações e teorias de conspiração, pois no mesmo ano de 2018 além dos casos de mortes à jornalistas foram registrados 156 casos de violência à comunicadores em contexto político e desses, 85 ataques foram virtuais.
Contudo, conclui-se a importância da Semana da liberdade de imprensa para a democracia, para o Brasil e para o mundo em geral. Sem o respeito, a ética e a liberdade de expressão não conquistaremos uma atmosfera plural e transparente com a população.