“Empresa que disputa fornecimento de água e saneamento básico com a Embasa é alvo de investigação pelo Ministério Público”.

Redação Abrolhos Fm

A possível privatização do serviço de abastecimento de água e saneamento básico em municípios do Sul e Extremo Sul baiano vem causando debates e revolta no setor. 

Neto Severino, gerente regional da Embasa, empresa atuante no Estado da Bahia há 45 anos segue com contrato vencido à espera da renovação com a gestão pública. O funcionário explica o que pode vir acontecer caso seja aprovado a licitação que permite privatização do serviço. 

“Previsan é uma empresa mineira que há três anos vem licitando gestores municipais na intenção de assumir o serviço de distribuição de água, porém  nunca operou esse tipo de função. O histórico da empresa registra apenas obras em Governador Valadares – MG, onde responde por corrupção e está atrelada a uma série de investigações do Ministério Público de Minas Gerais conhecido como “Mar de Lama” que  investiga a organização criminosa de agentes públicos suspeitos de desviar mais de 1 bilhão de reais da prefeitura de Governador Valadares, entre os anos de 2009 e 2013”.

O gerente regional afirma que a fusão pode acontecer e tudo depende da vontade do gestor público e aprovação da câmara municipal. Embora as tramitações já esteja ocorrendo, a Embasa apresentou o plano de investimento para o município de Mucuri para os próximo 30 anos, que vão de investimentos em melhorias na qualidade de água e sistema de esgoto até a distribuição. 

A Embasa como empresa que está na área há muitos anos prestando serviço ao Estado da Bahia reconhece que existem demandas urgentes a ser atendidas em diferentes municípios, e acredita que as medidas de reparos e investimentos necessitam de continuidade para extrair o melhor, por isso a privatização deve trazer atrasos as cidades e distritos envolvidos. 

“Outro ponto a ser considerado é o aumento na tarifa da água aos munícipes que fatalmente acontecerá, pois a mudança em outras regiões do estado trouxeram aumento à população e aqui não será diferente” afirma Neto Severino.