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Confiança do comércio atinge maior alta em cinco anos

A confiança do empresário do comércio fechou o mês de janeiro com a quinta alta consecutiva. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, o índice que mede esta confiança alcançou 120,9 pontos, o melhor início de ano desde 2014, quando marcou 122,6 pontos.

Segundo o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, três em cada quatro empresários do setor pretendem contratar mais nos próximos meses. Além disso, 46% dos entrevistados se mostraram dispostos em investir na ampliação ou na abertura de lojas. Para ele, a valorização do real, nas últimas semanas, favoreceu o consumo neste início de ano.

“O que a gente percebe é que as condições de consumo, já neste início de 2019, estão ficando mais favoráveis. A gente já percebe um recuo da taxa de câmbio, o dólar continua abaixo dos R$ 4, isso faz com que o impacto da desvalorização do real sobre a inflação acabe favorecendo o consumo, né? O real mais valorizado faz com que a inflação seja menor.”

Segundo o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, a desaceleração dos preços e a atual trajetória de queda do desemprego também têm justificado essa percepção mais positiva das vendas por parte dos empresários do comércio.

“Essa combinação, aliás, entre emprego e renda que dá o lastro para o consumo. Então, se o mercado de trabalho evolui favoravelmente e a inflação está baixa, tudo mais constante, a tendência é as vendas do comércio continuarem apresentando crescimento. Se elas apresentam crescimento, isso acaba contaminando positivamente a confiança dos empresários.”

De acordo com a CNC, em janeiro, 74,6% dos entrevistados declararam estar propensos a contratar mais funcionários nos próximos meses. Esse é o maior percentual de intenções de contratação para meses de janeiro desde o início da pesquisa em 2011.

Os demais componentes dos investimentos apontam queda do pessimismo nos últimos meses. Segundo 46,1% dos empresários, há planos de ampliação de investimentos nas lojas existentes ou em novas unidades, e 24,2% percebem os níveis de estoques como acima do adequado.

Reportagem, Cintia Moreira