A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, revelou que os preços dos alimentos seguiram a tendência de alta em setembro.
Os custos das commodities subiram liderados pelas limitações no abastecimento e pela forte demanda em alimentos básicos, como trigo e óleo de palma.
O Índice de Preços dos Alimentos teve alta de 1,2% em relação ao mês passado e foi 32,8% superior no mesmo período no último ano. O indicador internacional acompanha as variações mensais nos preços das commodities alimentares.
Os cereais subiram 2%, impulsionados pelo trigo, que viu alta de 41% em comparação com 2020. A subida de preços está ligada a problemas logísticos e crescimento da demanda.
O arroz e o milho também tiveram aumento graças a melhores perspectivas com o início das colheitas em alguns países, balanceando os impactos das interrupções portuárias após os furacões nos Estados Unidos.
Óleos vegetais, produtos derivados de leite e açúcar também estão em alta. De acordo com a FAO, o preço da carne permaneceu estável em comparação com agosto, mas subiu em 26% nos últimos 12 meses.
Cereais
A produção mundial de cereais em 2021 deve atingir um novo recorde e chegar na casa de 2,8 bilhões de toneladas. O aumento de 1,1% não será capaz de suprir a necessidade global, de acordo com as estimativas da FAO.
O consumo de cerais deve ser 1,8% maior que a disponibilidade da safra, liderado por um aumento no uso de trigo para ração animal, tendência impulsionada pelos altos preços em outros grãos.
Assim, é esperada uma retração nos estoques de cereais. Entretanto, de acordo com a agência da ONU, o nível ainda é seguro.
Por Onu News