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Plantando o Futuro conta a história de grupo de reabilitação química e alcoólica

 

O quadro Plantando o Futuro desta semana conta a história de Jota Oliveira, um dos responsáveis pelo trabalho de acolhimento e resgate a dependentes químicos e alcoólatras do extremo sul baiano.

O projeto consiste em acolher dependentes químicos principalmente crack e dependentes do álcool, onde um trabalho de equipe envolvendo especialistas é construído afim de resgatar essas pessoas e fazer uma ressocialização com a família de cada paciente e posteriormente com a sociedade.

Segundo conta, o caminho das drogas é extremamente complexo, pois ultrapassa o pré-conceito de julgar o dependente como se ele quisesse estar na situação em que se encontra, na verdade, a dependência é uma questão de saúde pública que necessita ser olhada com seriedade pelas autoridades, caso contrário não há resolução.

O trabalho desenvolvido por Jota Oliveira e sua equipe é junto com o CAPS e outros órgãos que visam cuidar dessas mesmas pessoas em situação de vulnerabilidade social por conta do vício e tem como um dos pilares o trabalho com as famílias de cada dependente, seja de álcool ou de crack e outras drogas nocivas.

“O trabalho com as famílias é sempre desafiador, mas é a principal ferramenta de recuperação desse paciente, pois geralmente a família por medo, desgaste e desinformação tende a rejeitar esse ente e faz com que a pessoa se afunde mais nas drogas” explica Jota.

Um dos desafios da missão de acolher e trabalhar para que cada paciente recupere e vida, é a abstinência que faz com que todo um trabalho posso ir por ‘água abaixo’, justamente por ser uma doença incurável, que necessita que o dependente seja forte para resistir as ondas de abstinência.

“A abstinência é a nossa maior vilã, pois sabemos a dificuldade que é viver isso para os pacientes e diferente do que a maioria acha, a abstinência mais feroz é a do álcool, pois o alcoolismo é uma doença silenciosa, liberada e glamourizada, trazendo uma dificuldade imensa para o viciado largar a vida”.

Dentro do programa de recuperação, além da família citada a cima como pilar, as atividades ocupacionais e rodas de conversas também são parte fundamental da construção de bem viver e reativação da vida dessas pessoas, sendo os dependentes químicos os que frequentemente apresentam uma recuperação mais sólida.

O projeto planta o futuro rodando diversas cidades sob a tutela de Jota Oliveira, e acompanhando pessoas de diferentes perfis, com a mesma doença, que tem melhora e que só precisa de uma atenção maior para alcançar voos mais altos no cuidado com o próximo.

Essa e outras histórias servem como um verdadeiro exemplo de amor, o amor mais genuíno que pode existir, que é cuidar do outro, principalmente aqueles que vivem uma situação tão delicada como essa.

A redação onda verde tem orgulho de contar uma história como a de Jota Oliveira e o projeto de recuperação de pessoas de volta a vida.

 

// Reportagem Beto Ramos
Redação Onda Verde