A falta de serviços básicos de higiene, como água e sabão ou álcool gel, afeta metade das unidades de saúde em todo o mundo. O problema atinge locais onde os pacientes recebem atendimento e os banheiros das instalações. Os dados são de um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado nesta terça-feira (30).
De acordo com o documento, cerca de 3,85 bilhões de pessoas que usam essas unidades estão em maior risco de infecção, incluindo 688 milhões de pessoas que recebem atendimento em locais sem nenhum serviço de higiene.
“As instalações e práticas de higiene em ambientes de saúde não são negociáveis. A sua melhoria é essencial para a recuperação, prevenção e preparação de pandemias. A higiene nas instalações de saúde não pode ser garantida sem aumentar os investimentos em medidas básicas, que incluem água potável, banheiros limpos e resíduos de saúde gerenciados com segurança”, disse Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS.
A OMS defende a intensificação de esforços pelos países na implementação do compromisso firmado na Assembleia Mundial da Saúde de 2019, que inclui o fortalecimento dos serviços de água, saneamento e higiene (WASH em inglês) nas unidades de saúde.
O novo relatório estabelece pela primeira vez um panorama global sobre serviços de higiene, avaliando o acesso nos pontos de atendimento bem como em banheiros.
Ao menos 40 países relataram os pontos críticos dos serviços em seus hospitais e outros centros de saúde, representando 35% da população mundial. O levantamento amplia os dados de estudos anteriores, que consideraram 21 países em 2020 e apenas 14 em 2019.
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