Redação FM News
As denúncias de violência doméstica aumentaram com a quarentena. Entende-se como tal violência qualquer tipo dentro do âmbito familiar ( filhos, pais, avós..). Mas, usualmente, é contra a mulher.
O isolamento social em famílias, onde a forma habitual de relacionamento já é de rispidez e tons elevados, faz com que o “clima” de estresse e insegurança desencadeie agressões das mais variadas, como a verbal e a psicológica, culminando na física. Os impasses familiares, que em uma rotina normal, seriam resolvidos sem discussões, podem se agravar. O coronavírus apenas acentuou o que já era de se esperar, trazendo o isolamento total da vítima, e neste caso , como um ponto a favor e necessário ao agressor.
Em quase todos os Estados brasileiros ocorreram um acréscimo substancial de ” pedidos de socorro” através de centrais de atendimento voltadas à segurança da mulher. No Rio de Janeiro, a incidência foi expressiva: os números cresceram em 50%. No Paraná 15% de chamadas a mais que o normal mensal. Para enxergarmos um panorama total , a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) anunciou aumento de 9% das denúncias atendidas pelo Ligue 180. E este percentual infelizmente tende a crescer com o passar do tempo, caso o confinamento se estenda.
ONG´S e muitas outras entidades temem que este número ainda nem seja o real, pois é muito difícil ligar para um telefone quando o agressor e a vítima estão no mesmo local.
Após toda esta crise, o Estado deve tomar medidas de prevenção e orientar através de assistentes sociais e psicólogos todas as famílias em potencial , que já não tenham hoje, uma relação saudável.
Um grande desafio ,como muitos outros que este vírus vai nos deixar , para fazermos a ” lição de casa”.